Após quase dois anos de pandemia, quando finalmente o turismo anunciou sua retomada e os países começaram a reabrir suas fronteiras, surge uma novidade inesperada e nada agradável: uma nova variante do coronavírus, a ômicron. Como quase tudo relacionado ao vírus que mudou completamente o curso e os planos do mundo inteiro, pouco se sabe a respeito da nova variante (o número de casos ainda é relativamente pequeno para que se tirem maiores conclusões) e, por isso mesmo, todo cuidado é pouco.
Embora a ômicron tenha sido classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de “risco muito elevado”, ainda não há motivo para acreditar que retornaremos à estaca zero. O fato é que a nova cepa já afeta as viagens e o trânsito internacional e
nos vimos novamente em um cenário de incertezas, assim como no ano passado, em 2020, quando o vírus se espalhou rapidamente mundo afora. Muitos países já endureceram as regras para a entrada de turistas e outros fecharam suas fronteiras novamente. E aí vem a pergunta: como ficam minhas viagens já planejadas?
Neste artigo, explicamos como a nova variante ômicron pode afetar as viagens internacionais e o turismo como um todo.
Qual é o posicionamento das companhias aéreas?
Até o presente momento, as companhias aéreas não estão operando com nenhum tipo de flexibilização. Isso significa que se você quiser ou precisar cancelar ou até mesmo alterar a sua passagem aérea, terá de arcar com os custos como taxa de cancelamento ou remarcação. Importante dizer que as empresas aéreas se baseiam nas novas regras dos países, portanto, as medidas de flexibilização só acontecem depois do anúncio do fechamento de fronteiras, por exemplo, o que acarreta em um atraso de, no mínimo, dois dias para os viajantes.
Viajantes como viagens programadas, como devem proceder com essa nova onda da Covid?
Muita gente aproveitou a retomada do turismo antes da nova variante e planejou viagens internacionais. Mas, com a chegada da ômicron, os planos podem precisar ser alterados. É importante verificar se o país de destino está ou não com as fronteiras fechadas. Caso estejam abertas, as companhias aéreas estão mantendo a passagem e, se for o caso, aplicando taxas e multas previstas em cada tarifa adquirida.
Mas, se o país de destino esteja com as fronteiras bloqueadas, a companhia aérea deve permitir o reembolso integral ou a remarcação do bilhete para uma data futura, sem custos adicionais. Importante ressaltar que essas regras se aplicam às viagens internacionais. Em território nacional, nada mudou.
As viagens corporativas também são afetadas?
Sim, as viagens como um todo serão impactadas e isso inclui as viagens corporativas, em especial, as internacionais. Desde março do ano passado (2022), as viagens corporativas internacionais tentam se recuperar, sem muito sucesso e com esse novo período de incertezas, a tendência é de queda. Já nas viagens nacionais, a expectativa é que não haja um grande impacto no curto prazo nas viagens nacionais.
Para quem chega no Brasil, seja brasileiro ou estrangeiro, há algum critério específico?
A nova variante deixou as nossas autoridades em alerta, que instituiu novas medidas de segurança sanitária. Para quem chega ao Brasil, seja brasileiro ou estrangeiro, é preciso apresentar teste negativo do exame de Covid-19. Além disso, os voos vindos da África da Sul, onde a nova variante foi descoberta, estão proibidos de entrar no país. Essa regra não se aplica a nacionais e residentes no Brasil, passageiros que possuam prova de que trabalham para uma organização internacional e funcionários estrangeiros credenciados junto ao Governo Brasileiro.
Passageiros que estiveram na Índia ou Reino Unidos nos últimos 14 dias, devem cumprir quarentena na chegada ao Brasil.